Sebo é um dos estandes mais procurados e vende mais de 8 mil livros usados no Flipoços
Há dez anos banca está no Festival Literário de Poços de Caldas. Foi preciso fazer reposição das obras no meio do evento. Sebo é uma das atrações mais...

Há dez anos banca está no Festival Literário de Poços de Caldas. Foi preciso fazer reposição das obras no meio do evento. Sebo é uma das atrações mais procurados do Flipoços Fabiana Assis/g1 Um dos estandes mais procurados do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas - Flipoços não pertence a uma editora ou livraria, mas a um sebo que vende livros usados. Até quinta-feira (1º), mais de 8 mil publicações haviam sido vendidas. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp O "Sebo e Lojão" tem sede em Campinas e há dez anos participa do Flipoços. Este ano, foi preciso fazer reposição de exemplares no meio do evento, devido à alta procura. No total, 10 mil livros foram colocados para à venda no festival. Os preços da maioria das publicações variam de R$ 10 a R$ 25. “A gente traz tanto a literatura brasileira quanto a estrangeira, cada época é um estilo. Mas sempre tem coleções, como por exemplo, Percy Jackson e Harry Potter que sempre sai muito. Nora Roberts, Julia Quinn, também. Esses já são marcados, em toda feira tem e toda feira sai muito”, disse a atendente Maria Clara Bueno. Há também os clássicos como Fernando Pessoa e Machado de Assis e autores de best sellers brasileiros, como Luis Fernando Verissimo. LEIA MAIS SOBRE O FLIPOÇOS: Último fim de semana do Flipoços tem Turma da Mônica, influencers e autor de 'Torto Arado'; confira programação Flipoços retira escritora da programação e recolhe livros após fala supostamente racista Nany People lança livro sobre sua vida depois dos 50 na Flipoços: ‘Etarismo não me pega’ Flipoços chega à 20ª edição como um dos principais festivais literários do país Como o Brasil influencia o escritor Valter Hugo Mãe: 'Despudor em relação à língua' Todos os públicos O sebo atende a todo tipo de leitor, sobretudo o público adulto. Há romance, auto-ajuda, ficção, literatura espírita. HQs e biografias. Vice-diretor de uma escola pública de Andradas, Fernando Henrique de Oliveira usa o sebo para reforçar a biblioteca de onde trabalha Fabiana Assis/g1 Vice-diretor de uma escola pública de Andradas, Fernando Henrique de Oliveira comprou vários livros para reforçar a biblioteca da unidade onde trabalha. “Compro muito em sebo. A gente sabe que no Brasil o livro é caro, então a gente faz bastante uso desse recurso. Eu acho que é uma uma forma legal de facilitar o acesso à literatura. É tão difícil acessar a arte no Brasil, e a cada ano que passa a gente vê os preços de capa dos livros mais caros. Então, eu acho bem legal quando é possível encontrar uma banca como essa. E acho muito importante ter um espaço desse aqui." O consultor de Marcelo Peterson e a esposa saíram de Juruaia especialmente para aproveitar o Flipoços Fabiana Assis/g1 O consultor de empresas Marcelo Peterson também levou vários livros. Ele aproveitou o feriado e saiu com a esposa de Juruaia especialmente para visitar a feira em Poços de Caldas. Além de comprar nos estandes das editoras e livrarias, passou pelo sebo para reforçar a sua biblioteca de trabalho. “O grande foco é desenvolver a capacidade dos mentorados, dos donos das empresas, com aquele conhecimento que nós temos. Então eu busco dar aquilo que eles mais precisam, fazendo com que eles leiam para que aprimorem ainda mais seus conhecimentos.” Sebo atrai todo tipo de leitor no Flipoços 2025 Fabiana Assis/g1 A recepcionista Letícia Fonseca Silvestre, de 25 anos, visitou o sebo duas vezes. Na primeira, foi em busca de um livro específico, mas não encontrou. Dias depois ela voltou para dar uma olhada geral nos títulos e acabou selecionando alguns para levar para a casa. Letícia é uma leitora voraz e lê pelo menos dois livros por mês e para o seu habito não pesar no bolso, ela costuma frequentar os sebos. “O livro não é um produto barato. Eu até tentava comprar em loja, mas começou a ficar muito caro. Quando eu comecei a comprar era na faixa de R$ 50, R$ 60, hoje está R$ 90, R$ 100, aí já não dá, para quem gosta de ler acaba apertando bastante e o sebo é uma boa escolha. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas